segunda-feira, 21 de março de 2011

soneto da tristeza

Por favor tristeza dá um tempo
para que eu possa me restabelecer
sentir o que vai dentro da minh`alma
o que se passa no interno do meu ser


Não me deixes pelos descaminhos da vida
sem um farol que ilumine minha ação
sem um estímulo que me dê guarida
sem a mão que estende e afaga o coração

Ainda que eu ande sem rumo,
talvez à procura de algum elo perdido
ainda assim me conservarei no prumo.

Ainda que o medo me entorpeça
e que eu fique completamente amargurado
acenda-se a chama do amor, antes que eu feneça.

Guida Linhares

quinta-feira, 17 de março de 2011

a alegria mais incomum é a particular.
Ela sim é sentida gratuitamente.
Ela sim não precisa de plaus ou concordância.

A exigencia de estar sempre sorrindo
sufoca o riso
dissipa a felicidade
encaleja nossa natureza
a ponto de artficializar a alegria

Que pena eu tenho dos mascarados

terça-feira, 15 de março de 2011

um desabafo

Por que ainda existem pessoas que acreditam ser um livro de auto-ajuda?? Sempre dizem a coisa certa; estão sempre à frente do que você faz e têm sempre um conselho na manga para lhe dar achando que você é um pobre coitado. Creio que esse gênero tem tanta pena dos "reles mortais" que acaba por camuflar as próprias fraquezas expondo a dos outros. "Cuidando", "pastoreando" quem não quer ajuda, ou até quem não precisa de ajuda.

Eu, dificilmente peço ajuda aos outros. Não acredito que as experiências das pessoas sirvam para a minha vida. Eu sou única, minha vida é única. Ninguém sabe o que é melhor para mim além de eu mesma.

Sinto que esse interesse com a vida alheia é nada mais nada menos que medilcridade.

Infelizmente para alguns, viver é mesmo muito simples.

domingo, 13 de março de 2011

Babaquice contagiosa


Não que a babaquice das pessoas seja contagiosa, mas a cada dia só o que vejo são adultos brincando de assumir uma falsa maturidade exercendo posturas sórdidas.
uma vez, eu tive um amigo, uma pessoa por quem eu era capaz de fazer muitos sacrifícios. Houve um tempo em que ele me ajudou. Depois, houve o tempo em que eu o ajudei bastante. foi então que eu comecei a perceber que as acusações que as pessoas faziam a ele não eram infundadas. Eu lidava com um predador sem saber que eu era a presa. houve tempo, houve distância. Cheguei a pensar que era fruto da minha imaginação. Que nada!
Hoje entendo que mesmo sabendo muito pouco preciso me defender inclusive daqueles que acho estarem me protegendo. "Lupus est homo homini non homo". Nada melhor que o tempo, ele cura as feridas, só não nos faz esquecer das dores.