Diferença entre prefeito mais novo e mais velho é de 70 anos
Portal Terra
BRASÍLIA - A diferença de idade entre o prefeito eleito mais novo do Brasil e o mais idoso é de 70 anos.
FONTE: http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/10/08/e081021335.html
PARALELISMO SINTÁTICO E SEMÂNTICO
Observe que ao traçar um paralelo, o autor do trecho acima se refere a dois substantivos, ambos acompanhados de locuções adjetivas. (prefeito mais novo e prefeito mais idoso), isso mostra que há um paralelismo sintático. Explicando mais minuciosamente: Digamos que o autor do texto houvesse escrito “A diferença de idade entre o prefeito eleito mais novo do Brasil e eleger idosos” estaria, assim, iniciando o paralelo com um substantivo (“prefeito”) terminando com “eleger” (verbo). O que isso causaria? Deixaria o texto empobrecido e truncado, pois não se saberia mais exatamente o que o autor teria querido de dizer. É o que é vulgarmente chamado pelos corretores de "falta de estrutura".
Quanto ao paralelismo semântico, observe que ao estabelecer a relação entre “(...) prefeito mais novo(...)e o mais idoso” há uma simetria, um equilíbrio semântico. E o que é “semântico”? Vejamos o que diz FERREIRA: “Semântica”[Do grego semantikós, (...)da representação dos sentidos dos enunciados. (...) (1999 NOVA FRONTEIRA).
Ou seja: O autor do texto estabelece um paralelo entre PREFEITOS E PREFEITOS. E o que aconteceria se isto fosse alterado? Uma mudança estilística pode ser uma consequência. Observe: “A diferença de idade entre prefeitos e enfermeiras é de 70 anos.” Estranho, não? Pode ficar ainda mais bizarro, observe:
Ou seja: O autor do texto estabelece um paralelo entre PREFEITOS E PREFEITOS. E o que aconteceria se isto fosse alterado? Uma mudança estilística pode ser uma consequência. Observe: “A diferença de idade entre prefeitos e enfermeiras é de 70 anos.” Estranho, não? Pode ficar ainda mais bizarro, observe:
"A diferença entre o número de senadores e ratos no Congresso é, coincidentemente, a mesma."
Na frase acima, eu usei -intencionalmente- uma distorção (por assim dizer) no paralelo, ao comparar senadores e ratos, que são semanticamente diferentes.
BIBLIOGRAFIA:
FERREIRA, Aurélio B. de Holanda ED. Nova Fronteira. 1999
DE CAMARGO, Thais Colleti – Texto publicado na Folha de S. Paulo em 3 de outubro de 2002.
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